Coitado do seu Zé. Ele não tinha um Plano de Contingência.
- Jayme F. Filho
- 29 de mar. de 2017
- 3 min de leitura
Seu Zé é um comerciante que sempre vai de madrugada ao CEASA comprar frutas e verduras fresquinhos para o seu sacolão.
Ocorre que seu Zé mesmo tendo um caminhão novinho, nunca se preocupou com a possibilidade de não poder comparecer à CEASA para comprar seus produtos de forma rápida e segura.
Infelizmente, em uma de suas idas às compras, seu caminhão teve um defeito mecânico e em um local de difícil acesso em uma estrada de pouco movimento e sem oficinas mecânicas próximas. Seu Zé, que não havia feito nenhum seguro e que não tinha feito nenhum Plano de Contingência, não sabia como iria consertar seu veículo naquele local deserto, de madrugada e quem ele poderia chamar para fazer o conserto ou quem poderia chamar para que fosse feita a transferência das mercadorias para outro veículo de forma a não comprometer a clientela com a falta dos seus tão famosos e procurados produtos.
Seu Zé se entristeceu não só com isso, mas porque já havia três meses que passava por aqueles cerca de dez quilômetros “desabitados” e que já fora alertado dos riscos da estrada. Desconsiderou os riscos e suas consequências.
Após amargar um grande prejuízo não só com o desabastecimento de sua loja, insatisfação de seus clientes e com a procura de um mecânico, reboque e não utilização de seu caminhão, seu Zé resolveu então fazer um Plano de Contingência onde ele mapeou as oficinas mais próximas, assinou um contrato com um reboque, fez parceria com lojas de peças e outros comerciantes que utilizavam caminhos próximos àquele para serem contatados em caso de algum evento não previsto. Além disso, está buscando novas rotas mais seguras.
Seu Zé acha que agora seus riscos foram reduzidos em 90% e que o tempo resposta em caso de necessidade será de até quatro horas e não de três dias como nesse evento que serviu de lição. Mesmo com um pequeno aumento no tempo e consumo de combustível, ele se sente mais seguro.
Prezado empreendedor, qual é o seu Plano “B”??
Todo microempreendedor deve, assim como qualquer outro empresário, fazer um Plano de Contingência para, em caso de um imprevisto de grande magnitude, ter condições de minimizar seus impactos, principalmente na operação do negócio e no atendimento ao cliente.
O Plano de Contingência é um tipo de plano preventivo. Ele serve para ser usado quando ocorre um evento inesperado, grave e que impacta na operação da empresa. Por constar no planejamento, este evento inesperado já é conhecido e já está mapeado e o plano já deve determinar o que deve ser feito, por quem, como e quando.
Um plano de contingência inclui algumas etapas básicas:
[if !supportLists]1. [endif]Mapear os processos críticos de seu negócio
[if !supportLists]2. [endif]Avaliar, dentre esses processos, quais são os mais relevantes,
[if !supportLists]3. [endif]Identificar os riscos potenciais nesses processos críticos
[if !supportLists]4. [endif]Criar lista de ações que deverão ser tomadas para enfrentar o problema de forma rápida e precisa incluindo ações, recursos financeiros e materiais e pessoas envolvidas
[if !supportLists]5. [endif]Ter uma previsão de quanto custará a colocação em prática desse plano de ação.
[if !supportLists]6. [endif]Fazer um posterior acompanhamento mais atencioso desse processo crítico para certificar-se de que este não apresentará falhas graves novamente.
[if !supportLists]7. [endif]Definir tempo máximo admissível para não colocar o plano “B” em prática.
[if !supportLists]8. [endif]Determinar quem será responsável em iniciar a execução do plano (Delegação) de contingência, porque nem sempre o responsável estará presente.
[if !supportLists]9. [endif]Determinar a matriz de atribuições e pessoas envolvidas em cada atividade do plano de ação.
[if !supportLists]10. [endif]Determinar em que momento as condições normais foram restabelecidas para que o plano de contingência seja interrompido.
Recomenda-se planificar antes que seja necessário; isto, antes que sucedam os imprevistos. O Plano de Contingência deve ser dinâmico e deve permitir a inclusão de alternativas perante novas incidências que possam ter lugar com o tempo. Por isso, deve ser revisto periodicamente e atualizado, se necessário.

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